A sua dívida não está cara demais, não? Estudo do Banco Central aponta que 18,9 milhões de tomadores de crédito consignado pagam taxas de juros acima da média do mercado. São aqueles empréstimos com desconto na folha de pagamento. O mesmo acontece com outras 4,2 milhões de pessoas que financiaram veículos e 493 mil que assumiram algum crédito imobiliário.
Ou seja, a autoridade monetária está chamando a atenção que 23,6 milhões de brasileiros estão pagando mais juros do que precisariam. O Banco Central considera como um potencial de portabilidade que não é realizado. Lembrando que ela significa levar a sua dívida para outro banco que ofereça melhores taxas e tarifas.
Será que seu juro é caro? No caso do financiamento imobiliário, o juro médio é de 7% ao ano. Para o crédito consignado, a taxa média é de 19,7% e, para compra de veículos, de 19,3%. Esse é um bom parâmetro para comparação.
A portabilidade cresceu, mas, como se vê, tem muito espaço ainda para avançar. Como se faz? Primeiro, é preciso conhecer a sua dívida para apresentá-la a outros bancos e esperar as propostas. Por isso, peça o detalhamento à sua instituição financeira, que é obrigada a fornecê-lo. Isso inclui saldo devedor, juro, demais tarifas e prazos. Peça, inclusive, o custo efetivo total, também chamado de CET, e que reúne várias dessas informações para facilitar a comparação.
Com isso em mãos, procure outros bancos e peça propostas para transferir o seu empréstimo. Isso pode ser feito até mesmo pelo site de vários deles. As empresas não podem cobrar pela portabilidade em si, mas podem exigir abertura de conta, por exemplo. Não esqueça de questionar sobre isso porque pode haver um custo.
É possível que o seu banco, ao ser comunicado da intenção da portabilidade, tope renegociar o que não aceitou antes. Muitos empréstimos foram contratados em época de juro alto ou sem a atenção devida do consumidor, deixando essa margem para redução. Um ponto percentual na taxa anual já pode gerar a economia de centenas de reais na sua parcela mensal, dependendo do valor do financiamento.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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