A semana começou bastante negativa nas bolsas de valores mundiais. Na Ásia, os mercados já fecharam no negativo de forma generalizada. Na Europa, as quedas são ainda mais intensas, superando 3%. Os mercados futuros dos Estados Unidos também não saem ilesos.
Um dos motivos é o avanço dos casos de coronavírus na Europa. A França bateu recorde de novos registros, enquanto crescem as especulações de um segundo lockdown no Reino Unido. E a Alemanha vê a situação como preocupante. Ações de companhias aéreas lideram as quedas nas bolsas europeias, seguidas por bancos. A previsão de novos confinamentos ligam o radar para queda no consumo de combustível. Isso, por consequência, derruba as cotações do petróleo, atingindo os papéis de petroleiras.
Em paralelo, ações do HSBC e do Standard Chartered têm forte baixa em Londres e em Hong Kong, após relatos da imprensa internacional de que os dois bancos britânicos movimentaram amplas somas de fundos ilícitos por um longo período, apesar de indícios de sua origem duvidosa. As alegações, de organizações que incluem o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), se baseiam em documentos vazados sobre transações de mais de US$ 2 trilhões ocorridas principalmente entre 2011 e 2017. O JP Morgan também está entre os bancos. Lembrando que o setor bancário já sofre com juros reduzidos.
O principal fundo de índice (ETF) de ações brasileiras negociado em Nova York, o iShares MSCI Brazil (EWZ), caiu quase 3% nesta largada de segunda-feira. A situação fiscal brasileira segue no radar dos investidores. O Ibovespa futuro caiu 1,3% na abertura, em menos de 97 mil pontos. O dólar comercial subia mais de 1%, sendo vendido a R$ 5,45.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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