As vendas de veículos tiveram uma forte alta de quase 25% em junho sobre maio. Foram 10.099 emplacamentos no Rio Grande do Sul. Mesmo que seja sobre uma base fraca afetada pela pandemia, o resultado é comemorado pelo sindicato das concessionárias de veículos do Estado, o Sincodiv/Fenabrave-RS.
Houve aumento, inclusive, na comercialização de caminhões e implementos rodoviários. Veículos pesados e termômetro da economia, os caminhões tiveram alta de 20,84% nas vendas. Foi registrada queda somente para ônibus e moto.
- Destaca-se a grande luta e resiliência das concessionárias de caminhões, que enfrentam os desafios da crise da covid-19, agravados por uma estiagem prolongada que afeta o mercado de vendas para o agronegócio. Conseguiram limitar em 26,1% a queda de vendas acumuladas em 2020, frente a igual período no ano anterior - enfatiza o presidente da entidade, Paulo Siqueira.
Ao compararmos os números de junho com o mesmo mês em 2019, temos uma redução de 31,18% no Rio Grande do Sul. Enquanto o número acumulado de emplacamentos no ano indica redução de 32,98%, com 61.809 unidades. No entanto, ambos ficam abaixo das expectativas iniciais de queda, que eram projetadas em, pelo menos, 40%.
Com o resultado de junho, o Rio Grande do Sul respondeu por 5% dos emplacamentos registrados no país. Porto Alegre lidera na venda de automóveis de passeio, comerciais leves e motos. Já quando se fala em caminhões, Passo Fundo e Vacaria são os principais mercados. Bento Gonçalves é destaque na venda de ônibus.
E julho?
A expectativa para julho, no entanto, não é boa. Siqueira observa que boa parte das concessionárias gaúchas estão fechadas. Lembrando que isso ocorrerá também em Porto Alegre a partir de segunda-feira (6), conforme anunciou o prefeito Nelson Marchezan Junior à tarde passada ao ampliar as medidas de restrição na Capital.
- Obrigadas a permanecerem paradas e isoladas dentro das suas carapaças.
O Sincodiv-RS acrescenta que o crescimento nas vendas em junho, em parte, reflete o número maior de dias de portas abertas e o fato de o mês ter mais dias úteis.
- Empresas estão com custos fixos e milhares de funcionários convivem com incertezas diante da proximidade do término do período de validade das medidas trabalhistas emergenciais - acrescenta o executivo.
Aliás, sobre o assunto, a expectativa é de que o decreto de renovação dos incetivos seja publico em breve: Ansiedade é grande pelo decreto que prorrogará suspensão de contrato e redução de jornada
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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