
Praticamente metade dos pais entrevistados em pesquisa feita em Porto Alegre não sabe que há uma lei que proíbe a escola de solicitar materiais escolares de uso coletivo na tradicional listinha de início de ano, que tanto pesa no bolso do consumidor. O assunto foi abordado na pesquisa de volta às aulas feita pelo Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas POA).
Quando questionados se conheciam ou não a norma federal, 46,5% disseram que não. A entidade perguntou ainda se a escola dos filhos dos entrevistados solicitava esses materiais e 54,3% disseram que sim.
Conforme o Procon de São Paulo, itens de escritório, higiene ou limpeza são exemplos de materiais escolares de uso coletivo. A coluna acrescenta ainda giz, caneta para uso do professor, cartuchos de impressão, algodão, papel higiênico, materiais de construção, etc. O custo de aquisição desses itens deve estar contemplado na mensalidade.
Alguns produtos têm uma interpretação subjetiva, como folhas de papel. Em geral, a análise deve considerar se o aluno utilizará seu próprio material para exercer atividades individuais ou se o item será para uso comum da turma e até da escola. Em tempo: as escolas também não podem exigir a compra de produtos de marcas específicas.
As aulas começam nas próximas semanas, mas 60% dos entrevistados ainda não compraram os materiais escolares. Veja os dados da pesquisa antecipados para a coluna:
Você sabe que há uma lei que proíbe a escola de solicitar materiais escolares de uso coletivo?
Sim 53,5%
Não 46,5%
A escola dos seus filhos solicita?
Não 54,3%
Sim 45,7%
Em relação ao preço dos materiais, grande parte (60%) dos lojistas afirma que estão semelhantes a 2019. Já segundo 40% deles, o preço subiu em média 9%, percentual que supera o dobro da inflação e é quase o triplo do reajuste identificado na pesquisa do ano passado. Lembrando que muitos são importados e sofrem o impacto da alta do dólar. A lista dos produtos que estão mais caros é liderada pelos cadernos. O gasto médio esperado por consumidor é de R$ 136.
No programa Seu Dinheiro Vale Mais, de GaúchaZH, veja dicas da colunista para gastar menos com materiais e uniformes escolares:
Curiosidades
Ainda segundo os lojistas, alguns pedidos têm se destacado este ano em comparação com os outros anos. Os consumidores estão buscando mais por materiais sustentáveis e ecologicamente corretos. Além disso, requisitam itens de cores mais neutras, ou seja, sem identificação de gênero.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Siga Giane Guerra nas redes sociais
Leia mais notícias da colunista