Curioso sem ser surpreendente, a costela de gado entrou no ranking das principais pressões da inflação do consumidor de Porto Alegre. O corte já vinha subindo junto com as demais carnes e a alta, combinada com o peso no orçamento, apareceu no cálculo da Fundação Getúlio Vargas.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) dos últimos 30 dias passou para +0,54%. O avanço foi puxado, em ordem, por jogos lotéricos, gasolina, passagem aérea, carne moída e, em quinto lugar, pela costela. O corte tradicional do churrasco gaúcho ficou, em média, 9,82% mais caro no último mês, conforme o monitoramento da FGV.
Lembrando que a metodologia de cálculo de inflação reflete o comportamento médio de gastos dos consumidores. O que pesa mais no orçamento influencia mais no indicador.
Cesta AGAS
O preço dos cortes de carne até tinha caído na semana passada conforme a pesquisada UFRGS. A Associação Gaúcha de Supermercados identificou um recuo por parte do consumidor e projetava nova redução pequena nesta semana. No entanto, os preços voltaram a subir. Confira:
Chuleta: +12,26%
Preço médio por quilo: R$ 27,01
Costela minga: +8,77%
Preço médio por quilo: R$ 21,70
Coxão de dentro: +13,41%
Preço médio por quilo: R$ 34,25
Moída de primeira: +6,87%
Preço médio por quilo: R$ 28,92
Paleta: +4,76%
Preço médio por quilo: R$ 18,26
Patinho: +10,76%
Preço médio por quilo: R$ 29,23
O preço dos cortes suínos também subiram. Já a carne de frango, que tinha subido, caiu nesta semana.
Relembre o movimento de preços
Iniciada no campo e com impacto nos frigoríficos e nos mercados, a alta de preço da carne bovina foi motivada, em especial, por exportação recorde. Em especial, para a China, que aumentou também a compra de carne de frango. Havia ainda um fator local contribuindo para o aumento de preços, já que as enchentes na região da Campanha dificultaram a retirada do gado do campo.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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