Com 490 quilos de lixo, o Canal Café construiu o Eco Coffe, dentro do campus da PUCRS, em Porto Alegre. Foram copos, embalagens, guardanapos, talheres, papel... Enfim, todo lixo sólido que era produzido pelo próprio estabelecimento e que foi usado para produzir a estrutura do novo ambiente.
Foi usado um misturador de resíduos sólidos chamado de Alavik. O lixo, então, foi transformado em madeira plástica. No fim das contas, os móveis custaram R$ 6 mil.
Apesar de inspirado em universidades dos Estados Unidos, o negócio é todo gaúcho. A ideia foi do sócio-diretor do Canal Café, Claudio Matone. A execução foi da Bio 8, uma startup de São Leopoldo, e a fabricação é da Ser Brasil, de Veranópolis. Já o projeto foi assinado pela designer Francine Rodrigues, da P3 Ambientes, de Novo Hamburgo.
Matone idealizou o Canal Café após morar quatro anos em Boston, nos Estados Unidos. Tinha como rotina de estudante, tomar um café, que geralmente era da Starbucks. Quando retornou a Porto Alegre, sentiu falta dessa opção e criou o negócio em 2016. É um contêiner reciclado de dois andares, com isolamento térmico feito de lã de PET.
No segundo andar, há uma pequena sala para crianças brincarem. Foi feita pela Eu Amo Papelão, empresa já conhecida pelos leitores aqui da coluna Acerto de Contas. O espaço tem paredes revestidas em papelão e oferece lápis de cor.
A segunda operação do Canal Café fica ATL House. O espaço foi inaugurado em junho.