
Enquanto uns celebram a queda do “mito” e outros gritam contra a “ditadura do Xandão”, o Brasil segue encurralado entre o autoritarismo e o fanatismo. Bolsonaro virou réu, Moraes virou protagonista, e o debate virou torcida — com direito a rivalidade de estádio e roteiro de novela ruim.
Na avalanche de narrativas, sobra condenação para o soldado raso e impunidade para o general da bagunça. A Justiça oscila entre firmeza e exagero, e a democracia se equilibra numa corda bamba puxada por dois lados perigosos.
Na coluna deste sábado (28) em Zero Hora, escrevo sobre o STF, os réus do 8 de janeiro e o risco de cair na armadilha binária que só ajuda quem nunca deixou de estar no poder. Spoiler: é possível criticar tudo isso com lucidez — sem virar fã-clube nem cúmplice.