O anúncio da Conmebol, na manhã desta quarta-feira (4), de que o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2030 será no Estádio Centenario em Montevidéu, no Uruguai, foi uma surpresa por causa do ineditismo da decisão da Fifa. E também gerou curiosidade para o público gaúcho, que terá um jogo do Mundial muito próximo do Estado.
Só que é importante reforçar que a Copa do Mundo não será na América do Sul e, sim, em Portugal, Espanha e Marrocos. O que a Fifa fez foi reconhecer a importância histórica da Copa de 1930, que teve o Uruguai como sede, e dar ao país a abertura do Mundial de 2030, com o torneio de volta para a casa.
Para o torcedor entender melhor, a divisão ficará assim:
- Jogo de abertura: Montevideo - Uruguai x adversário a ser definido
- Jogo da primeira rodada: Buenos Aires - Argentina x adversário a ser definido
- Jogo da primeira rodada: Assunção - Paraguai x adversário a ser definido
- Todos as demais partidas da Copa em Portugal, Espanha e Marrocos.
Com a Copa do Mundo com 48 seleções, o número de jogos sobre para 104 confrontos. Desta maneira, serão 101 jogos em Portugal, Espanha e Marrocos e apenas três confrontos na América do Sul.
Serão seis seleções jogando na América do Sul. Estes times ficarão alguns dias treinando no continente, jogarão uma partida e seguirão para a Europa ou África. As outras 42 seleções já deverão fazer toda a preparação por lá.
Para o público gaúcho, a notícia não empolga muito, pois será praticamente impossível ter uma seleção treinando aqui. E serão apenas três jogos na América do Sul, que terão uma procura absurda por ingressos. É algo completamente diferente do que ter a Copa toda no continente, que era o plano inicial.
Outro ponto importante é que o caminho fica aberto para a Arábia Saudita receber a Copa do Mundo de 2034. O Mundial de 2030 terá jogos na Europa, América do Sul e África, o que já tira do páreo estes continentes. Como em 2026 a Copa será nos Estados Unidos, México e Canadá, sobram para 2034 Ásia e Oceania. A Austrália até poderá apresentar candidatura, mas a Arábia Saudita já é favorita. E isto também significa que o investimento dos clubes locais em super contratações de jogadores deverá continuar nos próximos anos.