
Insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC) foram as causas da morte do papa Francisco, nesta segunda-feira (21). Segundo a certidão médica que atestou a morte, o Papa sofreu um AVC cerebral, entrou em coma e teve um colapso cardiocirculatório irreversível às 7h35, no horário de Roma (2h35 em Brasília).
O argentino Jorge Mario Bergoglio (nome de batismo) havia sido internado em fevereiro deste ano por causa de problemas respiratórios. Depois de 37 dias hospitalizado em Roma, o Papa recebeu alta e se recuperava no Vaticano.
Horas antes de morrer, no domingo (20), Francisco fez sua última aparição pública, dando a bênção Urbi et Orbi (à cidade de Roma e ao mundo) a fiéis que acompanhavam as celebrações da Páscoa na Basílica de São Pedro.
O que é AVC?
O acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame, é uma condição médica que exige atenção imediata. Ele ocorre quando é interrompido o fluxo de sangue para uma parte do cérebro, privando o tecido cerebral de oxigênio e nutrientes essenciais.
Isso pode resultar em danos cerebrais significativos ou até mesmo a morte. A pronta identificação dos sintomas, o conhecimento dos fatores de risco e a compreensão das medidas preventivas e opções de tratamento são cruciais para reduzir os riscos associados ao AVC.
Existem dois tipos de acidente vascular cerebral. A condição é considerada isquêmica quando acontece um entupimento no vaso sanguíneo provocado por trombose ou embolia. Já o hemorrágico é quando um vaso se rompe, provocando sangramento no cérebro.
Quais são os sintomas do AVC e como identificá-lo
Os sintomas do AVC podem surgir repentinamente e incluem fraqueza ou dormência no rosto, braço ou perna, especialmente em apenas um lado do corpo, além de dificuldade para falar ou entender, visão turva ou perda de visão e dor de cabeça intensa sem causa conhecida.
Pacientes também podem apresentar dificuldades para andar, tontura, ou perda de equilíbrio e coordenação. A identificação rápida desses sinais e a busca imediata por atendimento médico ajudam a reduzir as possíveis sequelas.
O que fazer em caso de AVC
O tratamento varia, a depender da condição específica, mas deve ser iniciado o mais rápido possível. AVCs isquêmicos podem ser tratados com medicamentos que dissolvem o coágulo de sangue ou procedimentos para restaurar o fluxo sanguíneo cerebral, em que o coágulo é removido por cateterismo.
Já os hemorrágicos podem necessitar de cirurgia para controlar o sangramento e reduzir a pressão intracraniana. Muitas vezes, o procedimento inclui uma craniotomia, cirurgia que abre um pedaço do crânio para facilitar o acesso às outras partes do encéfalo.
A recuperação varia conforme a gravidade e o tempo de resposta, podendo incluir terapias de reabilitação. Alguns pacientes podem apresentar limitações permanentes, ainda que tratáveis, como dificuldades motoras, prejuízos à fala e perda de memória.
Quais são os fatores de risco do AVC e como prevenir
Fatores como idade avançada, histórico familiar de doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, colesterol alto, tabagismo e obesidade aumentam o risco de AVC. As chances são mais altas após os 55 anos e em pessoas com histórico familiar.
Cerca de 90% dos casos poderiam ser prevenidos com cuidados básicos, segundo a Organização Mundial do AVC. Manter uma dieta balanceada, praticar exercícios, evitar álcool e tabaco, além de monitorar as condições de saúde que aumentam os riscos de AVC são medidas preventivas fundamentais.