Beijei Nina Hagen na boca. Claro que não foi nada assim tão intenso e (relativamente) duradouro quanto o caso dela com Supla, o cantor. Mas foi bem emocionante. Até porque o contexto inteiro beirava um sonho: o início de um novo tempo, o (re)nascimento de uma nação, o fim do arbítrio, da ditadura, da escuridão. Era 13 de janeiro de 1985, a terceira da espantosa sequência de 10 noites do primeiro e inesquecível Rock in Rio. Dali a dois dias, Tancredo Neves seria eleito presidente do Brasil – em eleição indireta, pelo Colégio Eleitoral e, como se sabe, ele iria morrer antes de tomar posse e virar o primeiro presidente civil em 20 anos. Mas ninguém sabia disso e o que interessava é que os milicos estavam voltando para os quartéis de onde não deveriam ter saído.
Despedida
Opinião
Garota de Berlim
Angela Merkel, que pairou acima da esquerda e da direita, deu adeus à Alemanha ao som de Nina Hagen
Eduardo Bueno