Nos tempos em que a escola tomava partido, os professores eram doutrinadores e os alunos sofriam lavagem cerebral – com os pais mantendo-se alheiros ou coniventes com essa pouca vergonha –, aprendi o significado da palavra “sesquicentenário”. Também decorei a canção que dizia: “Potência de amor e paz/ Esse Brasil faz coisas/ Que ninguém imagina que faz/ É Dom Pedro I, o Dom Pedro do grito/Esse grito de glória, que acorda a história/E a vitória nos traz”. Era 1972, eu estava na 4ª série do ginásio e a “potência de amor e paz” prendia, torturava e matava nos porões da ditadura – essa mesma que certos canalhas voltaram a defender, sendo que alguns ameaçam faze-lo nesse 7 de setembro. Tomara que sejam punidos – dentro da lei.
Independência do Brasil
O Sete de Setembro festeja a liberdade, não a ditadura
Os militares que fizeram a independência em 1822 eram de cepa diferente da dos que festejaram o sesquicentenário em 1972. E da dos de hoje também
Eduardo Bueno