A vitória por 3 a 0 do Grêmio sobre o Monsoon evidenciou a importância da implementação do VAR no Gauchão. O uso da tecnologia foi determinante para a validação do primeiro gol, corrigindo um erro de campo em um lance ajustado e de difícil percepção para a arbitragem comandada por Francisco Dias.
A jogada que abriu o placar teve construção de Monsalve, passou por Aravena e foi finalizada por Arezo. No passe do colombiano para o chileno, o atacante gremista estava em posição limite. Na transmissão, destaquei que, pela angulação da câmera, não era possível cravar a posição apenas com a imagem disponível.
O assistente Juarez de Mello Jr. marcou impedimento — uma decisão compreensível pela dificuldade do lance —, mas o VAR traçou as linhas e confirmou a posição legal, validando corretamente o gol do Grêmio. Esse é o tipo de acerto que justifica a presença do VAR na competição.
Outro lance de impedimento ocorreu na etapa final, no segundo gol de Arezo. No lançamento para o centroavante, próximo ao meio-campo, a jogada também era ajustada, mas o assistente Michael Stanislau acertou ao deixar o jogo seguir. O VAR Douglas Silva revisou a jogada, confirmou a decisão de campo e garantiu mais um gol corretamente validado.
Tempo de revisão
Se fosse apontar algo que ainda precisa melhorar no processo — pegando essa partida como parâmetro — seria a demora das revisões. O tempo gasto pelo VAR foi acima do ideal, especialmente nas análises de impedimento. Porém, esse é um aspecto que tende a evoluir com o passar dos jogos.
No balanço geral, o jogo reforça uma máxima importante: melhor um acerto demorado do que um erro apressado. Enquanto o VAR seguir garantindo decisões corretas, o desafio será tornar o processo mais ágil. Mas a principal missão foi cumprida: trazer justiça ao jogo.