
É absolutamente compreensível a irritação do São Paulo depois da eliminação da Copa do Brasil diante do Grêmio, nesta quarta-feira (30), no Morumbi. É natural que aconteça esse tipo de reação quando um time tem um resultado desfavorável em um jogo tão importante.
Também não surpreende a tentativa de transferir a responsabilidade ou a culpa do insucesso para a arbitragem. Entretanto, o fato de existir uma reclamação forte não significa que ela seja justa. E esse é exatamente o ponto importante.
Não houve nada na atuação do árbitro Bruno Arleu de Araújo que pudesse justificar o protesto que aconteceu ao final da partida que terminou empatada em 0 a 0.
O que o campo mostrou foi o oposto. O juiz do quadro da Fita teve atuação tranquila, segura e discreta. Confirmou a expectativa. Arleu teve postura irreparável dentro de campo com presença enérgica nos momentos de maior tensão e tomou decisões disciplinares rápidas para evitar grandes bolos de jogadores. Com isso, conseguiu controlar o que parecia o mais difícil pelo retrospecto do enfrentamento entre paulistas e gaúchos.
O resto necessário para elevar o nível da atuação veio junto no pacote. Não houve lance polêmico ou qualquer situação que pudesse encaminhar a ideia de que o juiz teve interferência no resultado.
Para completar, para recuperar o tempo perdido em uma etapa final bastante amarrada, o juiz foi preciso ao indicar o tempo de acréscimo. Foram sete minutos de acréscimo. O fato é que não houve tempo que pudesse parecer suficiente para o São Paulo buscar as chances que precisava para marcar um gol. O time de Fernando Diniz jogou 100 minutos no Morumbi sem ameaçar a meta gremista e a eliminação passou longe do apito.