A expectativa de um jogo pegado entre Grêmio e São Paulo se confirmou. O carioca Marcelo de Lima Henrique teve trabalho na partida de ida da semifinal da Copa do Brasil, nesta quarta-feira (23), na Arena, em Porto Alegre.
A maior tensão ocorreu no primeiro tempo. Os primeiros instantes foram os mais difíceis para a arbitragem. Logo aos sete minutos ocorreu o lance que determinou impacto claro na condução de todo o primeiro tempo. Falo da cotovelada de Bruno Alves no rosto de Diego Souza.
Considero que a jogada teve características que poderia justificar até a aplicação do vermelho direto. Isso porque o jogador do São Paulo levanta o braço direito acima da linha do ombro e o projeta na direção do rosto do atacante gremista.
Marcelo de Lima Henrique entendeu que o lance ocorreu dentro de um limite aceitável para a aplicação do amarelo. Respeito a interpretação. No entanto, considero que há algo na jogada que vai além da cor do cartão.
A principal virtude do experiente juiz está na atitude para controlar a disciplina e exercer autoridade em campo. Foi algo que faltou nesse lance. A tomada de decisão não ocorreu da forma enérgica que sempre se espera de um árbitro do nível de Marcelo de Lima Henrique. Isso contribuiu para aumentar a tensão em um jogo que já estava quente.
Concordar ou não com a interpretação muitas vezes é uma questão de conceito. O que não pode faltar é a presença firme nas decisões.
Outro reparo que faria na atuação foi a falta de cartão amarelo na entrada de Arboleada com o joelho nas costas de Diego Souza. Isso também entra no bolo da dificuldade de controle disciplinar da etapa inicial, algo que não se repetiu no segundo tempo.
Por outro lado, a principal decisão técnica da arbitragem foi correta. O gol marcado por Victor Ferraz no primeiro tempo foi bem anulado. Isso porque Diego Souza estava adiantado e acaba interferindo claramente na linha de ação do goleiro Tiago Volpi. O impedimento foi marcado corretamente pelo assistente Rodrigo Henrique Corrêa.
