
O árbitro Wilton Pereira Sampaio cometeu um erro de interpretação no pênalti marcado no empate do Inter contra o Palmeiras, nesta quarta-feira (2), no Allianz Parque, pela sétima rodada do Brasileirão. A decisão correta seria mandar o jogo seguir porque a bola bateu de forma acidental no braço do zagueiro Luan. Há alguns conceitos de arbitragem que ajudam a explicar isso.
O primeiro ponto a ser considerado é a ação do defensor do Palmeiras. Depois do cruzamento para a grande área, ele tenta afastar a bola com o pé. Esse gesto caracteriza uma ação deliberada de chutar a bola.
O detalhe é que ele erra a rebatida, bola raspa na sola da chuteira, bate no gramado, desvia no corpo na subida e só depois disso bate no braço.
O fator surpresa provocado pelo desvio no pé e a mudança significativa na direção da bola são suficientes para acabar com qualquer discussão. Esse é um lance conceitualmente considerado acidental pela regra.
Não há tempo de reação para que ele possa evitar o contato da bola com o braço, que está fazendo um movimento natural de quem tenta jogar.
A interferência do VAR chama atenção por se tratar de um lance interpretativo. Se Wilton Sampaio viu o toque no braço e interpretou no campo, a decisão deveria ter sido respeitada.
A única coisa que poderia explicar o pedido de revisão do VAR seria a hipótese de que o árbitro principal não viu que a bola bateu no braço. Wilton Sampaio estava bem colocado, mas talvez tenha acontecido isso.
A decisão final também chama atenção por ser um árbitro do quadro da Fifa e com experiência em Copa do Mundo. Wilton Sampaio viu o monitor e tomou a decisão de marcar uma penalidade em uma jogada que não tem características de infração.
Definitivamente as polêmicas de arbitragem por conta de mão na bola e bola na mão estão só começando neste Brasileirão.