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Há um problema na escala de arbitragem do Gre-Nal 425. Ela está ocorrendo com uns dois ou três anos de atraso. O que estou querendo dizer com isso? Simples. Daniel Bins já faz está fazendo por merecer o maior clássico do Gauchão há bastante tempo. Citei isso para o próprio juiz na entrevista concedida por ele ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha.
Bins concordou que em vários momentos recentes a oportunidade bateu na trave, mas garantiu estar tranquilo de que a chance de comandar uma partida entre Inter e Grêmio veio no momento certo.
Sempre defendi a renovação da arbitragem gaúcha. Daniel Bins não é necessariamente símbolo disso, pois já tem 42 anos. Só que a chegada dele ao clássico é representativa para que a porta esteja aberta para que outros árbitros possam chegar a esse nível mais jovens.
Não haveria sentido de criticar a escala mesmo sabendo que um árbitro estreante possa representar um risco extra ao jogo.
Merecer a escala não é garantia de boa atuação. Por isso, concordo com a escala antes de rolar a bola. Mesmo que cometa erros no jogo, o pensamento que tenho não mudará sobre colocação de Bins no apito do Gre-Nal.
Ao mesmo tempo, concordar com a escala não significa que o juiz não possa ser cobrado pelo desempenho técnico. Os erros e acertos serão avaliados como em qualquer outro jogo. Criticar o desempenho é parte do ofício de quem precisa dar opinião.
O que não vou fazer é mudar de ideia sobre a escala de acordo com o andamento do jogo. Falo antes sobre a escala. Falarei depois sobre a atuação do juiz.