Tem uma questão central que não virá imediatamente no Grêmio de Tiago Nunes: a intensidade. Seus times jogam assim. Circulam menos a bola, no sentido de longas trocas de passe à espera do momento exato do bote.
Como nem sempre esse momento aparece, a ideia é ser mais vertical, acelerando a tomada de decisão pelo lance de ataque. Só que recuperar a bola, agredir e subir marcação exigem fôlego. A certa altura do jogo diante do Ypiranga, o gás sumiu.
Não fosse a simulação de Matheus Henrique, após boa jogada do volante, induzindo o árbitro a erro e garantindo o pênalti que abriu o placar no Colosso da Lagoa, talvez não viesse a vitória. A queda de rendimento foi muito acentuada.
E, com o sumiço do fôlego, o conjunto foi se perdendo, assim como a ideia de intensidade. O Grêmio tem de resolver a parte física. Desde o ano passado ela é falha.
Se for possível ajustar os erros de marcação na bola parada defensiva, que passou de individual para zona, já para o jogo com o Lanús, onde o furo será mais embaixo, como diria ao poeta, melhor ainda.
Esse grupo do Grêmio na Sul-Americana é quase um mata-mata com os argentinos, com o o funil de só um se classificar.
La Equidad e Aragua são turistas, com todo o respeito a colombianos e venezuelanos.