O título não vem mais. O campeonato colorado mudou. Agora é se manter no G-4 ou G-6 do Brasileirão. Dentro desta nova realidade, o empate em 2 a 2 com o Galo, no Mineirão, saindo na frente, levando a virada e reunindo forças para buscar a igualdade, é ponto somado.
Houve reação, no campo e no placar, algo que não se via desde a saída de Eduardo Coudet. O Inter adotou uma postura de reação e contra-ataque, poupando titulares visando ao duelo contra o Boca Juniors. Com linha de cinco no meio e quatro atrás para defender, fez um enfrentamento equilibrado.
A estratégia funcionou. Não houve a pressão que se imaginava. E, quando levou a virada em mais uma preocupante falha da zaga pelo alto, a base resolveu. Praxedes, especialmente este, Maurício e Peglow entraram no segundo tempo e mudaram a cara do time, com toques rápidos por baixo, dinâmica e personalidade.
Praxedes se adonou do meio. Peglow pediu a bola e foi para cima sempre, com coragem. Fez gol. Eles são o futuro. Já deveriam ter entrado mais vezes no ano. Peglow ficou no banco quantas vezes para Marcos Guilherme, Pottker, Abel Hernández ou Leandro Fernández? É preciso dar espaço aos talentos. O Inter vencedor sempre teve a base como norte.