Eis uma questão com a qual todos terão de lidar na retomada do futebol: o ritmo. No Grêmio, Jean Pyerre vinha voltando de quase seis meses sem jogar, recuperado de uma distensão na coxa direita.
A retomada do time de Renato Portaluppi depende muito dele, pelo andar da carruagem antes da Covid-19. Bastava Jean Pyerre entrar no segundo tempo, mesmo ainda vacilante, e a engrenagem funcionava melhor, sem os três volantes e com ele na meia central do esquema 4-2-3-1, uma vez que Thiago Neves patina no Grêmio.
Logo, a parada foi um golpe no coração tricolor, certo?
Errado.
Jean Pyerre, Kannemann (até cirurgia fez, no dedo do pé) e Geromel retornavam do estaleiro, em diferentes cenários, longe dos 100%, enquanto a maioria de seus adversários, ao contrário, embalava. É como se fosse uma corrida de 1000m suspensa após 200m. Quem estava lá na frente, volta ao começo. A relargada igualará a todos.
Até Matheus Henrique e Caio Henrique, que poderiam sofrer lá na frente pelo começo de temporada desgastante, com jogos decisivos pela seleção olímpica, sem pré-temporada no CT Luiz Carvalho, de certa forma "ganham" com o recesso do futebol para que todos lutemos contra a Covid-19.