No primeiro tempo, nada diferente da atuação burocrática e sem inspiração daquele medonho empate em 1 a 1 contra o esquálido Panamá. Tanto que a Seleção Brasileira vai para o intervalo levando 1 a 0 da República Tcheca, em Praga. Mas, na etapa final, a reação da gurizada foi bem interessante. A lista dos 23 convocados do técnico Tite para a Copa América, que será realizada no Brasil, sai no dia 17 de maio.
Tite voltou com um Everton abusado e driblador na esquerda, sem Lucas Paquetá e com Philippe Coutinho por dentro. Melhorou muito. As trocas seguintes seguiram empurrando o Brasil para frente e deram resultado, encurralando o adversário em seu próprio campo: Richarlisson por David Neres; Casemiro por Arthur; e Coutinho por Gabriel Jesus.
Allan e Arthur alinharam como volantes, passando do tradicional 4-1-4-1 para o 4-2-3-1. Nas extremas, David Neres e Everton. Firmino virou meia central, como joga no Liverpool. Gabriel Jesus, de falso 9, desencantou. Aí o Brasil envolveu de fato os tchecos: 3 a 1, gols de Roberto Firmino e Gabriel Jesus (dois).
Poderia ter sido até mais, pelo futebol do segundo tempo. Everton e Arthur foram destaques de uma virada que renova esperanças para a Copa América. Ainda falta muito para a nova Seleção de Tite inspirar confiança, mas ao menos aquela imagem assustadora do Panamá ficou para trás. A última impressão, a dos três gols em 45 minutos, é boa.
O Brasil estreia na Copa América contra a Bolívia, dia 14 de junho. Depois, enfrenta Peru e Venezuela, fechando sua participação na primeira fase. Se jogar como no segundo tempo contra a Republica Tcheca, se classificará com facilidade. Terá de encorpar na própria competição para encarar os mata-matas contra seleções de mais tradição, casos de Argentina, Uruguai e Colômbia, ainda que nenhuma delas atravesse bom momento.