
Nas cinco vitórias seguidas do Inter (Botafogo, Atlético-MG, Fluminense, Paraná e Bahia), ganhou destaque em todo o país o fato de a defesa não ter sido vazada em nenhuma delas. Mérito do goleiro Marcelo Lomba e da dupla de zaga Rodrigo Moledo e Víctor Cuesta, certo? Mais ou menos. Não só isso. Defesa não é só goleiro e zagueiros.
Dos 20 times da Série A do Campeonato Brasileiro, o Inter é o que mais toma a bola do adversário: fez isso 396 vezes, contando o jogo em Salvador, na Fonte Nova. O líder São Paulo vem logo atrás, a quem o Inter caça (falta um ponto para encostar), com 383. No ranking individual de desarmes, o Inter emplaca três jogadores entre os top 10.
Patrick, que no Inter é vice-artilheiro e líder em assistências, surge como o campeão nacional dos desarmes. Os outros dois colorados da relação são o capitão Rodrigo Dourado (5º colocado) e o argentino Víctor Cuesta (6º). O processo defensivo começa lá na frente, com os atacantes. Todos se empenham. Não é só discurso teórico.
William Pottker fecha jogos com tantos desarmes quantos jogadores de meio. Em Salvador, Rossi bloqueava um cruzamento do lateral e festejava. O craque do Inter é a solidariedade. O fato de não ter estrelas vai espraiando o protagonismo de cada um, jogo a jogo.