Como duvidei antes, posso voltar ao assunto com certa autoridade agora. Estava meio na cara que a final do Gauchão não seria no Vale. Os dirigentes do Noia prometiam, mas nunca senti firmeza em garantir todas as normas de segurança, corretamente mais rígidas após a tragédia da boate Kiss, em Santa Maria.
A ameaça do próprio Noia em jogar contra o Grêmio fora do Vale para ter mais renda reforçou minha desconfiança. Houve tempo de sobra para cumprir as exigências dos Bombeiros. A FGF deu uma semana a mais, até passando por cima do regulamento.
No Centenário, o Novo Hamburgo vai faturar o triplo. Talvez até possa dar aumento gordo aos seus jogadores, mantendo a base do time para os quatro meses de Série D, caso chegue às finais.
O time de Beto Campos estava invicto em casa. Verdade, mas não perdeu no Beira-Rio, na Arena e quase em todos os lugares. Joga do bem em qualquer lugar. É o melhor time do campeonato e tem totais chances de ser campeão.
Depois do drama dos goleiros do Inter, e comprovada a maturidade do Noia, o fator local da finalíssima perdeu um tanto de relevância. Aposto que, lá no fundo, o Noia gostou da decisão do Corpo de Bombeiros de não dar o aval de segurança, levando a decisão para Caxias do Sul. É aquele história de lavar as mãos, como se diz.