Foi uma derrota contundente, já que a Corte para a qual recorreu disse que não tem nada a ver com isso e, desta maneira, manteve a decisão do STJD. O Inter ainda terá de pagar as custas nada baratas do processo, sem falar nos advogados caros que contratou em sua última tentativa de não cair.
Está encerrado o Caso Victor Ramos: a Corte Arbitral do Esporte, na Suíça, declarou-se sem jurisdição para examinar a suposta transferência irregular do jogador, do Palmeiras para o Vitória, sem a alegada passagem formal pelo Monterrey.
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Esgotada a esfera esportiva, o Vitória não perde pontos e segue na Série A. O Inter fica com a pontuação medonha que o rebaixou sem complô algum. Aliás, não fosse o goleiro Danilo Fernandes, teria sido matematicamente rebaixado antes da última rodada.
A questão é: será que foi tão ruim assim, para o Inter, esta nova derrota, agora no tapetão?
Creio que não.
Agora, clube e torcida poderão mergulhar definitivamente na tarefa de voltar à Primeira Divisão na bola, sem alimentar falsas esperanças nos tribunais. Aquela história de unir forças, de solidariedade e apoio, de se fortalecer na dor, ambiente que só os grandes clubes populares podem produzir. O Inter é uma dessas instituições do futebol brasileiro. Vai ser bom para a imagem do clube, arranhada desde as declarações desastradas da direção após o acidente com o voo da Chapecoense, cogitando não jogar a última rodada do campeonato devido à tragédia.
Foi o CAS, tribunal considerado isento pelo Inter, que encerrou a questão, mantendo os resultados de campo.
Caiu na bola, volta na bola.
O presidente Marcelo Medeiros já disse que não irá recorrer à Justiça Comum. Queria encerrar o assunto de uma vez, desarmando a bomba (mais uma) que recebeu da gestão anterior. Ele sempre se declarou pessimista, planejando jogar a Série B.
Resta ainda a acusação de falsificação de documentos, feita pela CBF. A prudência sugere que o Inter não siga em guerra com a entidade organizadora do único caminho para voltar à elite: a Série B do Brasileirão. Hora para o diálogo ser retomado, em vez do confronto, encontrando uma solução satisfatória para todos.
Numa frase: o Inter tem de virar a página para si mesmo enquanto instituição (direção, time, torcida) e aceitar que o seu destino foi traçado pelos seus próprio erros, sem ajuda de ninguém. E voltar para a Série A com a cabeça erguida.
*ZHESPORTES
