O Inter pode ter vários problemas de qualidade de grupo, de incoerências do técnico, e por aí vai. Mas, no jogo deste domingo, ficou provado que seu maior problema é emocional. No primeiro tempo, o time vinha jogando muito bem, Guerrero havia marcado um gol e levava vantagem em quase todos os lances contra os perplexos zagueiros do Fluminense. O jogo do Inter fluía, o Fluminense não conseguia sair jogando, o 2 a 0 era iminente.
Aí, num lance isolado, a defesa falhou, um pênalti foi cometido e Nenê empatou a partida. Então, o Inter não sofreu um impacto com o gol. Não. Foi muito pior: o Inter se desmanchou. Nada mais funcionava, os setores do time se desconectaram e o Fluminense se assenhoreou da partida.
Evanilson, o melhor jogador do Flu, passava pelos defensores do Inter como se estivesse jogando contra juvenis, e o meia veterano Nenê parecia Rivellino tocando a bola. Até o técnico Coudet se descontrolou e se equivocou nas substituições. O Fluminense virou o placar e conseguiu sua primeira vitória depois da volta do futebol.
Foi mais uma derrota da cabeça do que dos pés. O Inter está precisando mais de um psicólogo do que de um centroavante.