A ação de criminosos para resgatar um preso que passava por atendimento médico em um posto de saúde de Caxias do Sul, na segunda-feira (7), vai provocar mudança no protocolo. O resgate terminou na morte do agente da Susepe Clóvis Antônio Roman, 54 anos.
Ontem, nesta coluna, levantei um tema para debate: por que um preso com o perfil extremamente perigoso, associado a uma facção criminosa, foi levado do presídio para receber atendimento médico a uma distância de quase 50 quilômetros, durante a madrugada? Não seria mais adequado chamar um médico ao presídio? Ou, até mesmo, o Samu?
Na manhã desta terça-feira (8), em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, o secretário de Administração Penitenciária (Seapen), Mauro Hauschild, admitiu que o protocolo precisa ser aprimorado para que situações como a de Caxias sejam evitadas.
A medida em estudo é a possibilidade de um serviço remoto de atendimento médico de emergência. Durante o dia, o presídio conta com atendimento de saúde. À noite e na madrugada, não existem profissionais presentes na cadeia do Apanhador, localizada entre Caxias do Sul e São Francisco de Paula.
O secretário confirmou para breve um convênio a ser celebrado entre a Seapen e a Secretaria Estadual da Saúde para possibilitar o serviço. Vem em boa hora: elimina a necessidade de grandes deslocamentos com agentes e afasta o risco de emboscadas na estrada ou, até mesmo, em postos de saúde e hospitais.