O avanço do coronavírus em hospitais, com o aumento no número de internações , vem com uma dificuldade adicional pouco notada, mas fundamental na rotina do atendimento de saúde: o afastamento de dezenas de profissionais porque contraíram o vírus. Atualmente, essa é uma das principais preocupações da rede de saúde, em especial, nos hospitais que contam com maior estrutura para tratar pacientes com a covid-19.
Uma das poucas categorias que não pôde ficar em casa, pelo contrário, foram para o front de combate à doença está começando a desfalcar hospitais. Médicos, enfermeiros, auxiliares estão sendo afastados aos montes por suspeita de infecção ou confirmação de contágio pelo coronavírus. Estes profissionais não estão necessariamente contraindo a doença no trabalho. Podem ter tido contato com pacientes ou, até mesmo, fora do hospital. Mas o contingente é grande. De 253 que testaram positivo, 85 já se recuperaram e voltaram. Outros 168 estão afastados. Numa escala de equipe, não poder contar com esses profissionais desfalca a rotina puxada em tempos de pandemia. Outro aspecto é o clima interno. Imagine você trabalhar sob extrema pressão sabendo que 253 colegas contraíram a doença?