
A conquista do Inter é merecida. A melhor preparação ao longo da competição ficou clara nos jogos contra o Grêmio, e o resultado entrou no campo do óbvio.
O Tricolor, diante de tudo o que aconteceu, precisa olhar para dentro e entender o motivo da sua diminuição como time. A rivalidade parece ter emburrecido os gremistas.
O Grêmio perdeu o título gaúcho depois de sete anos de hegenomia total no Rio Grande do Sul e, curiosamente, nestes anos, acabou não vendo que o seu trabalho não estava seguro como deveria.
Coincidentemente, os últimos dois grandes títulos conquistados pelo Grêmio, Copa do Brasil de 2016 e Libertadores de 2017, foram conquistados sem a companhia do título regional.
O primeiro dos sete títulos gaúchos do Grêmio teve um time superior. Um grande campeão da América começava o ano de 2018 como um dos principais clubes do país.
Anestesia tricolor
De lá para cá, o que se viu foram títulos gaúchos em série, muito pela fragilidade dos adversários e uma espécie de anestesia no que diz respeito às necessidades de evolução do Grêmio.
Vencer o Gauchão não teve o entendimento de que deveria ter tido ao longo de todos esses anos.
Neste domingo, o Grêmio perdeu o campeonato e a última das suas desculpas. Agora, resta trabalhar e refazer o caminho perdido.
Hegemonia regional
Sem a hegemonia regional, o Tricolor precisa entender quem deve ser o seu espelho e o seu verdadeiro rival. O futebol não aceita desaforo, e o Grêmio não soube trabalhar de forma consistente e deixou o topo da América sem entender o porquê.
A verdade é essa, e, talvez, a derrota do Gauchão possa ensinar algo importante. Vamos tentar reencontrar o nosso verdadeiro tamanho e deixar a discussão rasa desta rivalidade pouco inteligente bem longe da Arena. O Gre-Nal acabou, em todos os aspectos.
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