Na péssima partida do Inter contra o Rosário Central e uma consequente sequência de maus resultados do time colorado, a relação com o Grêmio gritou aos olhos. A dificuldade emocional ficou evidente, e essa semelhança merece uma análise mais ampla. Estamos falando de um momento pouco comum, e essa é a reflexão desta coluna.
A tradicional gangorra da dupla Gre-Nal estranhamente parece não existir neste momento. Grêmio e Inter, mesmo com altos investimentos, vivem crises semelhantes, e isso pode ter uma explicação além do campo. O poder mental das equipes inexiste e, em qualquer intercorrência normal de um jogo, os times sucumbem naturalmente e as derrotas viram apenas uma consequência natural.
A enchente mexeu com a nossa autoestima. Falamos em dificuldades instransponíveis, nos problemas físicos, mentais, de logística, e continuamos cobrando com a mesma veemência de outros tempos. O fato, no entanto, indica que o nosso ambiente afundou, se entregou e isso precisa ser revertido com urgência.
Na vida, quando enfrentamos estes problemas, encontramos nos amigos e na família o carinho e o abraço para nos levantarmos. Grêmio e Inter parecem precisar de algo parecido. Gremistas e colorados precisam entender que atacar ainda mais quem está no chão não vai mudar a história.
Nesta hora, precisamos pensar além das quatro linhas e entender o que fazer para termos as potencias que conhecemos. O que está acontecendo não é normal e não é fruto apenas de incompetência dos dois clubes. Esta é a reflexão que estou propondo. Você já parou para pensar?