O Grêmio chega ao último dia de uma janela de transferências novamente criando expectativas junto ao torcedor. Segundo as notícias que circulam, a diretoria pretende anunciar três jogadores: o goleiro Rafael Cabral, do Cruzeiro; o volante Edenilson, do Atlético-MG; e mais um zagueiro. Essas são as possibilidades reais.
Mas é preciso dizer que o Grêmio repete o que fez nas duas últimas janelas. E essa é curiosidade. O planejamento do clube não pode ser uma corrida contra o tempo sempre no último dia do período de transferência.
A semelhança com as duas últimas janelas preocupa o torcedor. Todos sabiam que faltavam peças na janela da metade do ano passado, e a correria acabou gerando mais custos do que soluções naquele momento.
Neste ano, era consenso que o Grêmio precisava de reforços e a diretoria precisou correr (e talvez gastar mais) para ter jogadores apenas no último dia de inscrições, ainda para a disputa do Campeonato Gaúcho. Diego Costa, por exemplo, estreou apenas na 11ª rodada da competição regional, mesmo que a necessidade de centroavante fosse óbvia desde a saída de Suárez. Pavon e Du Queiroz apareceram no BID da CBF apenas no dia 16 de fevereiro, ou seja, no último dia.
Esta sexta-feira (19), mais uma vez, teremos o Grêmio como protagonista no mercado. Os grandes clubes não estão preocupados com essa janela interna criada para realocar jogadores que ficariam sem contrato após os regionais, e o Grêmio, por sua própria desorganização, precisa anunciar jogadores para compor dificuldades que todos sabem, há bastante tempo, que o grupo tem. Novos zagueiros, por exemplo, deveriam estar em Porto Alegre desde o início do ano.
Que os novos reforços cheguem e deem conta do recado, resolvendo os tantos problemas que o Grêmio ainda tem. E que a diretoria, finalmente, entenda que um bom planejamento não pode depender de uma correria que precise do último dia.
Se fosse ocasional, diríamos isso, mas não parece o caso. O Grêmio mostra, até nos bons momentos, que não tem um plano bem definido na construção do grupo de jogadores, e isso, no futebol, pode gerar muitos problemas no futuro.