O mercado do futebol está, cada vez mais, dividido em castas financeiras. Os grandes jogadores são disputados por um pequeno grupo de clubes. O Brasil, e o Grêmio se enquadra neste ponto, está na quinta divisão desta hipotética hierarquia financeira do esporte global.
Esse ponto traz um raciocínio que precisamos aplicar nas convicções para as contratações que o Tricolor está realizando. Quanto mais baixo o grupo financeiro, maior o número de atletas.
Se entre a elite temos cinco ou seis nomes, na linha de negócios que o Grêmio realiza são centenas de jogadores que podem fazer parte das ambições do clube. Por outro lado, temos mais clubes nesta faixa financeira e eles disputam as mesmas peças. Isso indica uma lógica que não pode fazer o Grêmio perder tempo com muitas convicções.
A insistência em Funes Mori, 32 anos, do Monterrey, por exemplo, não pode ser uma convicção definitiva do clube. Ele é um bom jogador e pode fazer sucesso por aqui, mas atacantes como ele não são exclusivos. O mercado oferece muitos atletas semelhantes, e o Tricolor não pode perder muito tempo sem um novo centroavante.
Às vezes, temos uma sensação de que estamos na linha das escolhas únicas do mercado do futebol, e essa premissa não é verdadeira. É preciso saber o que representamos em investimento, e isso implica em não perder tempo com convicções em atletas que não insubstituíveis. Suárez é um só. Funes Mori são muitos.