O início do Campeonato Brasileiro foi alentador para o Grêmio. A conquista do Gauchão e a presença de Suárez indicavam um ano promissor, e assim foi. Aos poucos, no entanto, o técnico Renato Portaluppi entendeu as dificuldades do time e passou a pedir reforços. A fixação do treinador era um extrema de velocidade.
Foi com essa expectativa que o torcedor do Grêmio entrou na janela de transferências do futebol brasileiro na metade do ano. E a diretoria foi ao mercado, mas a realidade se tornou inversa.
Os dirigentes, que haviam trabalhado bem no início do ano, não conseguiram entregar a Renato nenhuma solução definitiva para o time. Foram seis reforços e nenhum deles se tornou titular absoluto do Grêmio.
Todos, de alguma forma, se mostraram frágeis fisicamente para ser uma solução imediata na equipe. Rodrigo Ely, João Pedro Galvão e Iturbe jogaram, mas se lesionaram. Besozzi está se adaptando e buscando fortalecimento físico. Luan segue tentando voltar a jogar e o goleiro Caíque é reserva de Grando. Ou seja, nada. Nenhuma solução para dar a subida de nível que o time tanto precisava para tentar lutar pelo título.
Além disso, a venda de Bitello também se mostrou definitiva na dificuldade do time. Com o meia atuando neste Brasileirão, o Grêmio obteve mais de 60% de aproveitamento. Sem Bitello, a equipe tem rendimento abaixo de 30%. Números inquestionáveis.
Esses fatos indicam o completo fracasso do clube na avaliação da janela de transferências do meio do ano. O Grêmio perdeu peças e não conseguiu agregar nada.
Encarar a realidade é a principal maneira de evoluir. O Grêmio errou feio neste ponto. O vice de futebol Antônio Brum precisa ser cobrado por isso. O Central de Dados Digitais (CDD), de certa forma, também. E Renato, claro, merece ser questionado. O Tricolor piorou, e não pode tratar com normalidade este fato.