![Adriana Franciosi / Agência RBS Adriana Franciosi / Agência RBS](https://www.rbsdirect.com.br/filestore/5/4/7/8/3/1/5_d37c44feb3730e4/5138745_5ff775831a6dea0.jpg?w=700)
Os professores, pais e alunos têm toda razão quando reclamam de escolas sem bebedouros ou ventiladores. Acredite ou não, existem colégios com apenas um local para todos os alunos beberem água. Somado a isso, a onda histórica de calor expõe outra fragilidade, que é a falta de ventiladores nas salas de aula. É uma vergonha que isso seja tratado como normalidade em muitos casos. Essa é uma parte do problema.
A outra, que recai sobre alunos e pais, é a incerteza em relação ao retorno. Todo adulto deve lembrar do frio na barriga pelo primeiro dia de aula, por encontrar os colegas, amigos, descobrir em que turma está. A expectativa foi frustrada. Para os pais, a preocupação de onde a criança ficará mais um dia enquanto trabalham, além da recuperação das aulas perdidas já na arrancada. Sem contar a merenda, que para muitos alunos é a principal refeição completa do dia.
Se o governo do Estado tivesse conversado e negociado com o sindicato dos professores na semana passada, haveria ao menos previsibilidade a essas famílias e comunidade escolar. Agora, estão todos à mercê de uma liminar, que pode ou não cair a qualquer momento. A educação, que deveria ser prioridade, de novo fica entre uma queda de braço entre quem deveria proteger o ensino gaúcho.