Chegou o dia da despedida de Roger Federer. O maior jogador de tênis de todos os tempos deixará as quadras nesta sexta-feira (23), em Londres, após participar do duelo de duplas da Laver Cup ao lado de Rafael Nadal.
Desde o anúncio da aposentadoria, feito há alguns dias, muito se falou de seus números, de seus recordes, títulos e tudo que o transformou em um ícone do esporte mundial ao longo das duas últimas décadas.
— Um momento triste para o tênis mundial. Pegou todo mundo de surpresa, mas obviamente esse dia chegaria. A gente só tem a agradecer esse ídolo do nosso esporte, que mudou completamente o jogo e o nível de tênis que se joga hoje, sem dúvida nenhuma. Além de ser um gentleman fora das quadras, ele tem um carisma que poucas pessoas tem. Eu fui um privilegiado de poder assistir muitos jogos dele, ao vivo, nos torneios de Grand Slam que participei. Mas a aposentadoria chega para todos e que bom que tivemos esse gênio fazendo tanto pelo nosso esporte — disse à coluna, o gaúcho Marcelo Demoliner, ex-número 34 do ranking mundial de duplas e que recentemente voltou às quadras após nove meses afastado por conta de duas cirurgias no joelho direito.
A carreira de Federer foi praticamente perfeita, assim como seu jogo vistoso, elegante e repleto de jogadas que encantaram milhões de pessoas mundo afora. É difícil imaginar o tênis sem Federer e especialmente pensar que, depois dele, será a vez de Rafael Nadal deixar as quadras, algo que o próprio espanhol cogita a cada problema de lesão. Para completar, Andy Murray convive com problemas físicos há alguns anos. E, mesmo em boa forma, Novak Djokovic também caminha para o final da carreira aos 35 anos.
O Big Four que estará reunido neste final de semana na capital inglesa deixará saudades. E como não poderia deixar de ser, Federer liderará a série de despedidas que devemos assistir nos próximos anos. Afinal, ele sempre esteve à frente de todos.
