São Gabriel, na Fronteira Oeste, teve confirmação de um caso da Doença de Aujeszky — que acometeu um suíno no interior do município. A cidade agora passa por uma força-tarefa para avaliar e quantificar potenciais focos.
O Rio Grande do Sul não registrava novos casos do tipo desde 2003. Naquele ano, 27 mil suínos foram sacrificados no Estado por conta da doença.
Conforme a Secretaria Estadual da Agricultura, a doença é uma infecção viral, que não é transmissível para seres humanos, mas pode causar nos rebanhos sintomas como tremores, manchas roxas, febre, hipersalivação e outros, tendo dois a seis dias de incubação e podendo ser fatal. Ela acomete principalmente porcos e javalis, mas também pode afetar vacas, ovelhas, cavalos, cabras, coelhos e mamíferos silvestres.
Em cães e gatos, o risco existe se entrarem em contato com as vísceras de um animal infectado. Nesses casos, eles sofrem com coceira e automutilação e podem morrer em até três dias.
Em São Gabriel, a confirmação ocorreu na última sexta-feira (23), após o proprietário dos animais acionar a secretaria por conta de mortes de porcos com sintomas da doença. Foi feito o teste laboratorial que confirmou se tratar de Aujeszky.
O rebanho, de aproximadamente 40 animais, foi sacrificado. Técnicos de inspetorias veterinárias de diversas regiões do Estado irão ao município integrar uma força-tarefa para visitar 20 propriedades rurais próximas de onde houve a confirmação da doença, para atuar em um plano de contingência.
Em São Gabriel, a criação de suínos é majoritariamente de pecuária familiar, para suprir a subsistência regional, próximo à zona urbana do município.
Por meio do Facebook, a Supervisão Regional da Secretaria da Agricultura em Santa Maria ressaltou que o caso foi registrado em "um estabelecimento de criação de subsistência (criação extensiva)". "Na propriedade se encontrava uma população de 36 suínos, 34 ovinos e um bovino, sem vínculos com estabelecimentos comerciais ou de reprodução de suínos", diz a postagem.