Fazer a lavoura gaúcha render, em qualquer estação ou cultura. Esse foi o prato principal à mesa no primeiro dia de Campo em Debate, na Casa RBS, na Expointer.
O arroz na rota da rentabilidade foi a entrada do cardápio de temas relevantes trazidos pelo agronegócio. Teve como acompanhamento a discussão sobre vida saudável.
— O custo da lavoura aumentou 60%. Os arrozeiros precisam ser produtores multissafra — destacou Alexandre Velho, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz) no evento.
Arroz no prato
Ainda bastante popular entre os brasileiros, o arroz vem perdendo espaço no consumo: de 84% para 76% em 10 anos, aponta Pesquisa de Orçamento Familiar de 2017, do IBGE.
— A gente deveria valorizar esse produto — defendeu Andressa Silva, diretora-executiva da Abiarroz.
O médico André Moschetta concordou:
— O arroz é um dos melhores carboidratos existentes. É um alimento natural, mastigável, de preparo rápido, de fácil acesso, barato e que compõe padrões alimentares.
Preocupada com o aumento de índices de obesidade nos últimos anos, a nutricionista Carolina Pitta também comentou na mesma linha:
— Meus pacientes chegam desesperados pedindo dietas e dizendo que já cortaram arroz, que não sabem mais o que fazer. Precisamos de reeducação alimentar, voltar a comer arroz, por exemplo. O arroz é um excelente alimento. É completo em todos os nutrientes. É acessível, versátil, hipoalergênico, fácil digestão e não há contraindicação.
*Produção de Carolina Pastl