As ameaças aos campos sul-brasileiros, não só continuam como aumentaram, apesar das restrições da legislação. Segundo a Embrapa, em 2017 os campos recobriam menos de 36% do Bioma Pampa e 11% da Mata Atlântica. Mas não apenas a supressão dessa vegetação de diversidade ímpar nos preocupa. É que, com isso, se altera também a macro, meso e microfauna associada, cujo funcionamento em interação entre si e com a vegetação, o solo e atmosfera, são responsáveis pelos imprescindíveis serviços ecossistêmicos: sequestro de carbono e qualidade do ar e do solo, regulagem e qualidade das águas, manutenção de polinizadores, entre outros.
Rumos
Carlos Nabinger questiona: precisamos manter os campos?
Professor da Faculdade de Agronomia da Ufrgs, Carlos Nabinger comenta ameaças aos campos nativos e os riscos associados que vão além da vegetação, incluindo as águas e espécies animais