Foi por um triz que a 38ª Expointer não foi adiada ou até mesmo cancelada. A feira que terminou neste domingo em Esteio com saldo positivo de público, venda de animais e produtos da agricultura familiar, mas com queda nos negócios de máquinas, poderia não ter saído. Trinta e cinco dias antes do evento, em reunião com entidades, associações de raça e Secretaria da Agricultura, a Federação da Agricultura do Estado (Farsul) sugeriu que a hipótese fosse considerada.
- O alagamento no parque sinalizava uma dificuldade muito grande (em julho, Esteio e o parque Assis Brasil ficaram debaixo d'água devido à chuva em excesso). Somado a isso, havia o problema das estruturas danificadas pelo temporal no ano anterior - pontua Carlos Sperotto, presidente da entidade.
O grande obstáculo seria encontrar uma data alternativa, já que logo após a Expointer se inicia a temporada de feiras e exposições da primavera no Estado.
Ao longo daquela mesma reunião, a ideia foi colocada de lado. Para a feira sair na data programada, houve um mutirão entre entidades da iniciativa privada e setor público para recuperar estruturas danificadas e fazer melhorias em outros pontos do parque.
Negócios na Expointer têm queda de 37%
Para 2016, a perspectiva é de que algumas coisas sejam diferentes. A começar pela primeira obra de infraestrutura a ser entregue por meio da parceria público-privada fechada no mês de julho entre governo do Estado e Bolognesi.
O prazo para que o dique de contenção seja concluído é de um ano - a contar da assinatura do contrato, segundo a Secretaria da Agricultura, e a partir da obtenção do licenciamento ambiental, conforme a empresa.
- Ainda não está definido para quem deve ser encaminhado o licenciamento - explica José Simeão Soeiro, diretor de incorporações da Bolognesi.
Reunião deve ser marcada para esta semana, segundo o titular da Agricultura, Ernani Polo.
O projeto mais amplo, de construção de hotel e centro comercial, é coisa para mais adiante - são 10 anos de prazo.
Há ainda a continuidade do projeto da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos, que neste ano investiu R$ 3 milhões para a construção da cidade do cavalo crioulo. Projetos para dar vida ao parque o ano inteiro não faltam. Basta apenas transformá-los em realidade.