Carro-chefe das exportações gaúchas do agronegócio, a soja teve desempenho aquém do esperado no mês de maio, segundo levantamento mensal feito pela Federação da Agricultura do Estado (Farsul). Na comparação com o mesmo mês de 2014, a receita com os embarques do grão caiu 34,03% - somando US$ 524,76 milhões. O dado intrigou o economista da Farsul, Antônio da Luz, já que os meses de abril, maio e junho concentram a venda do produto a partir do Rio Grande do Sul. Em busca de explicação, encontrou junto aos terminais do porto uma combinação de fatores.
- Segundo as empresas, houve dias de paradas técnicas, opção pela exportação do arroz e excesso de chuva, que dificultou embarques. Não existe nenhum problema de mercado - argumenta o economista.
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A expectativa em torno da soja vem dos números. Como o ano foi de safra recorde, com mais de 15 milhões de toneladas colhidas no Estado, o efeito desse mar de grãos na economia é tido apenas como uma questão de tempo.
- Foi só uma situação operacional - pontua Luz.
Parte do problema poderia ser amenizado com a instalação do sistema de gestão de tráfego de embarcações (VTMIS, na sigla em inglês), que permite a operação em condições de tempo adversas. Esse trabalho é feito hoje pelos práticos.
Em fevereiro deste ano, a Farsul apresentou projeto para dar maior agilidade aos embarques em Rio Grande. Entre as ações sugeridas, estava a compra e a implementação do sistema, um investimento de R$ 25 milhões.
Conforme a superintendência, a instalação está em fase final de elaboração do projeto executivo. Quando estiver concluído, poderá ser encaminhado à licitação. Por ora, ainda não há prazo para isso.