A próxima semana promete ser intensa nos gabinetes da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa). Na terça-feira, dia 30, sai oficialmente o balanço da estatal referente ao ano de 2014.
Do documento, virão indicadores exatos da saúde financeira. Em 2013, o prejuízo foi de R$ 62,67 milhões, enquanto a receita operacional bruta alcançou R$ 23,51 milhões.
Logo quando começou a se falar em ajustes nas estruturas do Estado por conta da crise financeira, a Cesa apareceu entre os órgãos que estariam na mira do governo para fechar as portas. Apesar de amenizado ao longo dos últimos anos, o passivo trabalhista acumulado seguiu como um dos principais empecilhos ao desenvolvimento da estatal.
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Também na próxima semana, o atual presidente da companhia, Carlos Kercher, deve apresentar ao governo do Estado um diagnóstico sobre a atual situação da Cesa.
- Percorri o Estado para o levantamento. A Cesa tem de fazer um conjunto de ações para que possa continuar trabalhando e para que mostre resultados - afirma Kercher.
Atualmente, a companhia tem 18 unidades em funcionamento e capacidade para armazenar 600 mil toneladas de grãos. Entre as ações avaliadas, estariam o enxugamento da estrutura, com a venda de unidades desativadas - Passo Fundo, Santa Bárbara e Nova Estação. Para a de Caxias do Sul, haveria uma negociação com o BRDE.
A fórmula de negociar as unidades foi tentada na gestão anterior. Em setembro do ano passado, edital que colocou a unidade de Passo Fundo à venda por R$ 21 milhões não teve interessados - era a terceira tentativa.
- É uma situação difícil, delicada. Sobre a possibilidade de vendas, estamos tratando de forma devagar - completa o presidente.
Por enquanto, um alento vem do acerto para que a estatal receba, no segundo semestre, 27 mil toneladas de milho dos estoques públicos da Companhia Nacional de Abastecimento.