O show de resultados positivos visto nas pistas dos remates particulares que abriram a temporada de primavera tem sido uma boa surpresa. Nem mesmo as projeções mais otimistas apontavam para crescimentos expressivos como os mais de 30% registrados ontem no leilão de bovinos da GAP Genética, em Uruguaiana, e os 20% obtidos nas vendas do remate Selo Racial, em Quaraí, na sexta-feira. Um dia antes, a Cabanha Umbu também havia fechado com alta. Juntos, apenas esses três eventos somam negócios acima de R$ 7 milhões.
Mais do que recordes pontuais, com a valorização de exemplares específicos, esses leilões conseguem volume de vendas. E médias elevadas. Reflexo de anos de dedicação à produção de genética de qualidade, que torna o Rio Grande do Sul ponto de referência.
Compradores atravessam o país em direção ao Estado para buscar aqui animais de qualidade reconhecida, seja nas raças britânicas ou nas sintéticas. É gente de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, entre outros locais.
- O melhoramento genético será o futuro da pecuária. Preço e volume vêm como resultado - diz João Paulo Schneider da Silva, o Kaju, um dos administradores da GAP Genética.
Reynaldo Titoff Salvador, da cabanha Cia. Azul, concorda. Para o pecuarista, os resultados refletem anos de dedicação das propriedades e também indicam que a pecuária de corte tem de ser eficiente para não ceder espaço à agricultura.
- Temos o que chamo de touro profissional, especializado em produzir terneiros e carne de qualidade - afirma.
A temporada de primavera segue Estado afora, com outros remates particulares, além das feiras e exposições oficiais. Criadores de dentro e de fora do Rio Grande do Sul estão de olho na qualidade colocada em pista para fechar boas vendas.