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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou dois alertas para risco de tempestades no Rio Grande do Sul. Ambos os avisos são de cor amarela, que indica "perigo potencial", e têm validade até a noite deste domingo (2).
O primeiro alerta vale das 15h de hoje até as 23h59min e abrange uma faixa que se estende deste a fronteira com a Argentina até a Serra, pegando também a Região Metropolitana e Porto Alegre.
Já o segundo aviso, que começou às 14h07min, se estende até as 22h de hoje. Nele, a região Central e parte do Noroeste estão em risco para tempestades.
Ambos os alertas do Inmet destacam chance de vento com rajadas de até 50 km/h, queda de granizo e volume de chuva entre 20 e 30 milímetros — a média do mês varia entre 100 milímetros e 180 milímetros no Estado.
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Onda de calor
O Rio Grande do Sul enfrenta uma nova onda de calor e, nesta semana, as temperaturas deverão ultrapassar os 40ºC. A estimativa da Climatempo é de que o fenômeno dure até o dia 10 de março. A boa notícia é que o Estado não enfrentará os dias quentes sem chuva, uma vez que a previsão é de que municípios registrem pancadas ao longo da semana.
— A temperatura está muito elevada e, no Rio Grande do Sul, a gente tem a circulação atmosférica que fornece mais umidade. Essa condição de mais umidade com calor potencializado geralmente causa essas pancadas de fim de tarde, que podem vir com muita força — explica Guilherme Borges, meteorologista da Climatempo.
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Previsão para março
Março começa com calorão nas primeiras duas semanas, e com previsão de alívio significativo apenas próximo do outono, que se inicia no dia 20 de março.
— Vai ser um início de março bem quente. Esse calor deve se fazer presente durante quase toda a primeira quinzena. A condição será de temperatura acima da normalidade — declara Borges.
Na perspectiva do Inmet, março deve seguir uma tendência de tempo mais seco, com a presença de chuva abaixo da média climatológica. Um dos motivos seria uma intensificação do La Niña.
— Quando falamos em La Niña, falamos em bloqueio atmosférico, que pode provocar ondas de calor. Quando há a quebra desses bloqueios, vêm as tempestades, podendo ser mais intensas em um local do que em outro. Podemos ter chuva que se aproxima da média no mês em alguns locais, enquanto em outros não passa nem 30%, 40% do volume esperado — diz Glauco Freitas, meteorologista do Inmet.
A chuva deve apresentar um comportamento mais irregular e de pancadas localizadas, podendo ocorrer com uma maior frequência e em maior quantidade em algumas regiões do que em outras.
— As temperaturas continuam altas, mas não tanto quanto comparada aos primeiros dias de março. No final do mês, em algum momento, pode ter uma quebra do atual bloqueio atmosférico, que poderá provocar temporais localizados.