Ao menos 80 pessoas deixaram suas casas entre a noite de quarta (12) e manhã desta quinta-feira (13), em municípios do litoral gaúcho, devido ao ciclone extratropical que atua sobre o Rio Grande do Sul. Algumas foram realocadas de forma preventiva, enquanto outras tiveram suas residências atingidas pela chuva e por rajadas de vento que passaram dos 100 km/h.
Em Rio Grande, no Litoral Sul, onde o vento chegou a 140 km/h, 17 pessoas estão desabrigadas. De acordo com a Secretaria de Município da Cidadania e Assistência Social, casas foram atingidas por árvores, postes e outros problemas causados pelo ciclone. Eles foram encaminhados para a sede da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra) na cidade. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, o prefeito da cidade, Fábio Branco confirmou o registro de uma morte de uma pessoa que foi atingida pela queda de uma árvore.
Já o Corpo de Bombeiros e a prefeitura municipal de Cidreira realocaram 43 pessoas, que tiveram seus pátios e casas invadidos pela água na noite de quarta-feira. Esses indivíduos foram levados para a Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar e Bombeiros Militares. Durante a madrugada, entretanto, os bombeiros não registraram chamados, apesar do vento forte. As rajadas seguem intensas nesta manhã, e diferentes relatos de impacto junto a telhados de residências e comércios foram feitos.
Em Caraá, um dos municípios do Litoral Norte mais prejudicados pelo ciclone extratropical de 16 de junho, cerca de 20 pessoas saíram de suas casas de forma preventiva e foram encaminhadas para dois locais. Conforme a Defesa Civil, sete delas já haviam sido atingidas pelo evento do mês passado e buscaram abrigo por medo de um novo alagamento. As demais foram orientadas pelos bombeiros em função de risco de deslizamento.
O município ainda registra fortes rajadas de vento, mas a chuva parou por volta das 22h de quarta-feira, interrompendo a elevação do Rio dos Sinos. A Defesa Civil informou que houve transbordamento leve no centro de Caraá, com cerca de 15 centímetros, sem causar danos ou prejuízos. À noite, o vento também não gerou transtornos.
Os bombeiros de Tramandaí, também no Litoral Norte, não registraram chamados durante a madrugada e início da manhã. Contudo, à noite, quando a chuva se intensificou, foram identificados dois pontos de alagamentos. Cinco pessoas foram retiradas de suas casas preventivamente e encaminhadas para a residência de familiares. A estrutura da Feira do Peixe, tradicional evento da região, foi afetada. Segundo a assessoria de imprensa, ainda não é possível afirmar a dimensão dos impactos.
Em Mostardas, apesar da falta de luz causada pela queda de postes, não houve maiores transtornos, segundo o prefeito do município, Moisés Batista Pedone de Souza. Ninguém precisou ser realocado, mas por volta das 7h30min a cidade registrava rajadas muito fortes de vento, sem informação oficial de danos.
Já Tavares registrou rajadas de 50 km/h durante a madrugada e início da manhã. Apesar da forte chuva, não houve danos materiais e ninguém precisou ser realocado, conforme a prefeitura municipal.
Em Osório, também não foram registrados estragos, conforme os bombeiros. Entretanto, o vento aumentou bastante no início da manhã. Poucos locais de Capão da Canoa tiveram alagamento, mas a água não chegou a entrar nas residências.