Uma ação iniciada nas redes sociais está convocando manifestações pela preservação da Amazônia entre sexta-feira (23) e domingo (25). Com o tema "Todos pela Amazônia", o principal protesto deve ocorrer na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, na tarde de domingo (25), e está sendo liderado pelo movimento 342, formado por artistas brasileiros. Outras sete capitais confirmaram mobilizações.
De forma orgânica na internet, a partir de hashtags como a #salveaamazonia, defensores do meio ambiente estão se organizando para promoverem protestos em pelo menos 21 capitais e mais 14 cidades do Interior. Em Porto Alegre, o ato está sendo organizado para o próximo sábado (24), no Parque Farroupilha, a Redenção, a partir das 15h. A agenda de atos em defesa da Amazônia pode ser conferida no site do Psol.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de queimadas aumentou 82% entre janeiro e agosto deste ano, em comparação ao mesmo período de 2018. Foram constatados 71.497 focos de incêndio nos últimos oito meses.
A atual onda de queimadas desencadeou uma movimentação mundial promovida por ONGs contra o governo brasileiro. Nesta sexta-feira (23), organizações protestarão em frente a embaixadas e consulados do Brasil. Em defesa da floresta, estão confirmadas manifestações na Inglaterra, em Portugal, na Espanha, na França, na Alemanha, na Irlanda, na Suécia, na Itália, no Uruguai, no Equador, no Peru e na Guatemala.
"A Amazônia está em chamas. Os pulmões do planeta estão pegando fogo. Se você puder, por favor, mostre alguma solidariedade pelas pessoas que mais irão sofrer com os incêndios. Proteste amanhã em frente à embaixada do Brasil", pede o Greenpeace do Reino Unido.
Nesta quinta (22), o secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou preocupação pela situação da Amazônia.
— No meio da crise climática global, não podemos permitir mais danos a uma fonte importante de oxigênio e biodiversidade. A Amazônia deve ser protegida — escreveu no Twitter.
Uma petição online contra o desmatamento da Amazônia chegou nesta quinta (22) ao recorde histórico de 4,7 milhões de assinaturas na plataforma Change.org. O grande número de pessoas apoiando essa causa faz o abaixo-assinado ser o maior já criado na plataforma, em sua versão brasileira. Em 24 horas, o volume de assinaturas multiplicou quase nove vezes — eram apenas 456 mil na tarde de terça-feira (20).