Em janeiro de 2016, um executivo brasileiro recebeu um convite que, em qualquer outra ocasião, seria motivo de celebração. Com 30 anos de casa recém completados, o engenheiro Roberto Carvalho havia sido convocado para assumir a presidência de uma das maiores empresas do Brasil. O problema é que ele tomaria o posto apenas dois meses após a Samarco protagonizar o maior desastre ambiental do país. Carvalho, hoje com 59 anos, abraçou a missão de negociar e implementar as compensações pelo rompimento da barragem em Mariana (MG) e trabalhar pela retomada das atividades de mineração na área – o que ainda não ocorreu. Em passagem pela Capital para uma palestra a convite do escritório de advocacia Auro Ruschel Advogados Associados, o engenheiro, que deixou a presidência da Samarco em março deste ano para atuar em uma firma própria de consultoria, falou com GaúchaZH.
Com a Palavra
"Uma tragédia dessas, em que morrem 19 pessoas, você carrega para o resto da vida", diz ex-presidente da Samarco
Para Roberto Carvalho, que assumiu o comando da empresa em janeiro de 2016, logo após a tragédia de Mariana (MG), e desligou-se dela em 2018, a gestão de risco não é bem feita no Brasil