Correção: a empresa Sacyr tem até 2042, por contrato, para entregar a duplicação de todo o trecho de 204 quilômetros, e não até 2029, como informado das 15h05min até as 18h55min desta terça-feira (14). O texto foi corrigido.
A tão esperada duplicação da RS-287 pode começar ainda em 2023, se os planos de antecipação das obras anunciados pela concessionária nesta terça-feira (14) se concretizarem. A ideia da Rota Santa Maria, da empresa Sacyr, é começar até junho os trabalhos em dois quilômetros do trecho urbano de Santa Cruz do Sul e em outros dois em Tabaí. Para o segundo semestre, a estimativa é dar início à duplicação de 30 quilômetros de pistas entre Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul.
Por contrato, a empresa tem até o 21º ano (2042) para entregar a duplicação completa de todo o trecho de 204 quilômetros de extensão entre Tabaí e Santa Maria. A intenção, segundo o diretor-geral Renato Bortoletti, é de que essas obras possam ser concluídas antes deste prazo.
Isso acarretaria em um prêmio à concessionária, que poderia fazer reajustes nas tarifas de pedágio de acordo com as entregas feitas antes do combinado com o governo do Estado. Caso as obras atrasem, por outro lado, as tarifas precisam ser diminuídas. No atual modelo, as cinco praças de pedágio somam uma cobrança de R$ 20,50 aos motoristas de carros de passeio.
— É para o reajuste da diferença entre fazer um investimento a longo ou a curto prazo, está previsto em contrato — explica Bortoletti.
A Sacyr realizou, nesta terça, uma coletiva de imprensa para fazer um balanço do primeiro ano de trabalho na rodovia e projetar como será o segundo. A empresa espanhola afirma que já implementou melhorias em 30.027,35 metros quadrados de asfalto, o triplo do estabelecido para o primeiro ano de contrato.
Em 2023 devem ser instaladas 200 câmeras de segurança ao longo da rodovia e 14 controladores digitais de velocidade, além de letreiros luminosos e qualificação física das praças de pedágio.
Antes da duplicação, obras de drenagem na margem da estrada estão sendo feitas ao longo de toda área da concessão. O objetivo é preparar o terreno para o futuro alargamento e reduzir as infiltrações no solo abaixo do asfalto atualmente construído. Cada trecho precisa estar com pavimento em boas condições antes que comecem as obras de duplicação, explica o engenheiro Bortoletti.
A empresa destacou, ainda, na coletiva desta terça, o foco na manutenção da capina e sinalização da estrada. Segundo o diretor, são cinco equipes cobrindo 15 quilômetros por dia de vegetação junto ao asfalto. A reportagem encontrou placas visíveis e sinalização de solo nítida no trecho entre Tabaí e Santa Cruz do Sul.
— Nos últimos seis meses não tivemos nenhuma ocorrência mais grave. Isso também é efeito do policiamento e da fiscalização de velocidade — comemorou o diretor geral da concessionária.