O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) projetava reforçar a cortina de contenção que se rompeu no km 178 da BR-116, em Nova Petrópolis, resultando no surgimento de rachaduras na pista. De acordo com o engenheiro Daniel Bencke, avaliações nos últimos seis meses haviam apontado movimentações no terreno, que alteraram as características originais da época em que a obra havia sido realizada. Dessa forma, a atual estrutura não era mais suficiente para segurar a encosta e por isso seria ampliada.
Um anteprojeto já havia sido elaborado pelo órgão federal e tramitava na Superintendência Regional do Rio Grande do Sul para ser licitado via Regime de Contratação Diferenciada. O custo estimado para o reforço era de R$ 14 milhões. De acordo com Bencke, a situação não era grave e a obra podia ser contratada via licitação. Segundo o engenheiro, o que ocorre na região são acidentes geológicos, com movimentações do terreno, que não são possíveis de prever.
"Isso pode ocorrer em 20 anos ou em poucos dias", explica.
Como a chuva movimentou muito o terreno no ponto, não é possível estimar quanto deve custar o novo reparo. O DNIT está em tratativas com empresas especializadas neste tipo de problema para definir qual a melhor solução a ser adotada. A obra vai ser contratada de forma emergencial e o projeto vai ser elaborado pela empresa escolhida. O órgão pretende liberar o trânsito durante as obras. Não há, no entanto, nenhuma previsão porque para isso é necessário saber qual solução será adotada no trecho.
Além dos caminhos pavimentados, via RS-122 ou Rota do Sol, as alternativas de desvio são a estrada Vila Oliva/Gramado, a estrada por Vila Olinda/Linha Temerária, em Nova Petrópolis, e a Estrada da Semapa, que sai de Santa Lúcia do Piaí, passa sobre o Rio Caí e termina em Linha Brasil, entre Nova Petrópolis e Gramado.
