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O presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), Luiz Carlos Bertotto, afirmou em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, na manhã desta quarta-feira (19), que deve ocorrer aumento nas tarifas de pedágio nos trechos concedidos à empresa após a aprovação de projeto de lei na Assembleia Legislativa ontem. A nova regra prevê isenção de pagamento a partir da segunda passagem em praças de rodovias estaduais, em um período de 24 horas.
Bertotto estima uma redução entre 30% a 40% na arrecadação da empresa com o projeto aprovado pelos deputados, o que representa um prejuízo de R$ 60 milhões, recurso que, segundo ele, seria destinado a novos investimentos nas estradas.
"É um impacto muito pesado que, se confirmado, vamos ter que realinhar preços para poder manter o serviço", confirmou Bertotto. Caso não ocorra realinhamento na tarifa, ele disse que o serviço pode ser prejudicado. "Podemos deixar de fazer recuperação de estradas porque os recursos inferiores não serão suportados para fazer isso", lembrou.
Antes de reajustar as tarifas, no entanto, o governo pretende travar um embate na Justiça para questionar a validade da lei aprovada pelos deputados. Ontem, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, já havia questionado a validade da regra. "A lei é inconstitucional. A queda de receita pode fazer com a EGR tenha um serviço de pior qualidade e ninguém quer isso", afirmou.
O governador Tarso Genro tem 48 horas para se manifestar sobre a proposta. Caso a lei não seja sancionada pelo governador, a proposta será devolvida ao parlamento e, então, caberá ao presidente da Assembleia, Gilmar Sossela, promulgar a lei.
O Palácio Piratini já havia vetado o projeto alegando que possuía vício de origem, já que entende que a Assembleia Legislativa não pode tratar desse tema.
Ouça a entrevista com o presidente da EGR ao Gaúcha Atualidade: