
A Meta, empresa proprietária do Instagram e do Facebook, anunciou uma ferramenta de reconhecimento facial para detectar anúncios fraudulentos que utilizam imagens de celebridades no Reino Unido, na União Europeia e na Coreia do Sul. A big tech já testou a ferramenta em outros países, onde planeja expandir a aplicação da medida para incluir mais celebridades.
Segundo David Agranovich, diretor de ameaças cibernéticas da Meta, as personalidades no Reino Unido e na UE começarão a receber notificações nas próximas semanas que permitirão optar pelo uso da ferramenta de proteção "celeb-bait" com tecnologia de reconhecimento facial.
— Acreditamos que esta ferramenta nos ajudará a identificar o uso incorreto de imagens de figuras públicas, mesmo que o anúncio utilize inteligência artificial generativa — disse Agranovich.
Os anúncios falsos que apresentam imagens manipuladas de celebridades são comuns nas redes sociais, muitas vezes para atrair os usuários a compartilhar informações pessoais ou enviar dinheiro. Quando a personalidade habilitar a nova função da Meta, a ferramenta escaneará a sua foto de perfil e vai compará-la com rostos que aparecerem em anúncios suspeitos, que serão bloqueados automaticamente se o uso indevido for confirmado.
A Meta também anunciou que integrará o reconhecimento facial em suas ferramentas de recuperação de contas para todos os usuários. Aqueles que optarem por utilizar o mecanismo poderão verificar a sua identidade gravando um breve vídeo, caso a conta esteja bloqueada.
A empresa disse que os dados faciais serão utilizados apenas para este processo de verificação e serão eliminados imediatamente depois. A Meta garante que a tecnologia cumpre com as regulamentações europeias de proteção de dados.
O grupo de tecnologia interrompeu o reconhecimento facial em suas plataformas em 2021 devido a preocupações com a privacidade, mas anunciou, em outubro de 2024, que restabeleceria a iniciativa para combater anúncios enganosos.