A sonda japonesa Moon Sniper, que pousou a 55 metros do seu alvo na Lua, publicou as primeiras imagens da missão nesta quinta-feira (25), que mostram o aparelho intacto na superfície rochosa do satélite terrestre.
A agência espacial japonesa Jaxa queria colocar a sua nave numa cratera onde o manto da Lua, a camada interna normalmente muito profunda, pudesse ser acessível a partir da superfície.
A Jaxa também quer analisar as rochas da região para tentar esclarecer o mistério da possível presença de água na Lua, fator-chave para a eventual construção de bases humanas ali.
O módulo não-tripulado Smart Lander for Investigating Moon (SLIM), apelidado de Moon Sniper por sua tecnologia de precisão, partiu com a missão de pousar na Lua a no máximo 100 metros do local fixado no satélite.
Normalmente, a margem em outras missões é de vários quilômetros.
“SLIM conseguiu um pouso de precisão (…) O local de pouso foi confirmado a 55 metros do ponto alvo”, disse a agência espacial japonesa Jaxa.
O Japão se tornou no sábado o quinto país a conseguir um pouso bem-sucedido na Lua, depois dos Estados Unidos, da União Soviética, da China e da Índia.
Porém, as comemorações foram prejudicadas por um problema nas baterias solares do aparelho que não geravam energia.
A Jaxa decidiu desligar o módulo com 12% de bateria restante para permitir uma possível recarga quando o ângulo da luz solar mudar.
"Se a luz solar chegar à Lua vinda do oeste no futuro, acreditamos que existe a possibilidade de gerar energia", afirmou a agência.
Antes de desligar a espaçonave, o controle da missão conseguiu baixar dados técnicos e imagens da descida do aparelho e da superfície lunar.