Astrônomos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na Universidade de Harvard, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, e outras instituições dos Estados Unidos observaram uma estrela engolindo um planeta em tempo real. É a primeira vez que o fenômeno espacial foi capturado por especialistas. A descoberta, que foi publicada na revista Nature e divulgada na quarta-feira (3), gera apontamentos sobre o futuro da Terra.
Os astrônomos descobriram a explosão em maio de 2020, enquanto revisavam varreduras do céu feitas pelo Observatório Palomar do Instituto de Tecnologia da Califórnia. Mas só agora, após terem uma explicação para o que poderia ter ocorrido, o fato foi divulgado. Segundo relatos dos cientistas, o corpo quente, de tamanho aproximado ao de Júpiter, se movia girando até perto de uma estrela cinco vezes maior. Em um determinado momento, o núcleo do enorme satélite natural engoliu o globo.
Os especialistas relataram ter notado que a estrela ficou pelo menos cem vezes maior e mais brilhante do que o normal, no período de 10 dias. Após engolir o planeta, ela rapidamente desapareceu e voltou ao seu estado normal.
Seria o futuro da Terra?
A descoberta levantou dúvidas sobre o futuro do planeta Terra. Os astrônomos apontam que o fenômeno poderia ser uma "prévia sombria" do que acontecerá com a Terra quando o Sol se transformar em uma estrela gigante vermelha. Ou seja, o nosso planeta também seria engolido. Mas isso aconteceria em cerca de 5 bilhões de anos.
Simulação da Nasa
A Agência Espacial Norte-americana (Nasa) divulgou uma simulação do evento astronômico em seu perfil do Twitter, com a legenda:
"Há muito tempo pensamos que, no final de suas vidas, estrelas como o nosso Sol incham até cem vezes o seu diâmetro anterior e consomem os planetas ao redor. Agora, nós vimos isso. A 15 mil anos-luz de distância, uma estrela faminta consumiu um planeta próximo".